. Onde se fervilha, se estoira, se arde, se fica com febre alta:
Um vomito continuo que me adormece a língua.
E escrevo, trémulo e descarado para mim próprio, vou á procura de palavras que possam fazer o bem. Palavras gloriosas para dizer de joelhos. Fico absorto, miro e cresço por dentro. É para ler. Sinto egoísmo, uma expressão de mim, doação minha as páginas. Provavelmente, a minha única desculpa é ter compaixão e ousar a cura para o meu martírio inventado.
E eu não ganho, numa arriscada aposta, benéfica como quem engole um sapo. E a aposta não é mais do que o meu coração armado com modéstia inventada e amadurecido, que agora está todo noutro sítio e já não onde se encontrava antes que o pano se abrisse.
Nada. Uma promessa. Um cheiro de atravessar o tempo sempre só com um pé, e o outro apoiado mais cá atrás. Sabe-se lá onde. Parece brotar de lá um desejo que nada diz, nada faz.